segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MISSÃO DA ANGO-SAL

O mercado dos produtos naturais e tradicionais está em plena expansão mundial, temos a missão ser uma empresa competitiva e de excelência, tornando-se na primeira empresa do mercado. Forneceremos um produto de qualidade com baixos custos, impondo a presença dos nossos produtos em mercados nacional e se possível internacionais.

Promoveremos uma estrutura associativa entre os produtores de sal artesanal, com capacidade organizacional. Para um maior incremento das negociações sociais, e satisfazer as exigências dos consumidores em termos de qualidade.

VISÃO DA ANGO-SAL

Actualmente, entramos na era da globalização, a dinâmica do desenvolvimento angolano está outra vez em Alta. Assim, como o nosso país, queremos emergir no teatro global e tornarmo-nos o eixo central do mundo em termos de promoção do crescimento, sendo que nenhuma nação pode desenvolver-se verdadeiramente sem estar aberta ao mundo. 



    BREVE INTRODUÇÃO SOBRE O SAL COMO UM RECURSO INDISPENSÁVEL PARA A VIDA

    O sal desempenha, secularmente, um papel estruturante na sobrevivência física do ser humano, ao mesmo tempo que traduz um simbolismo espiritual e cultural. “O sal da terra, o sal do mar, o sal da vida”. Existe uma adaptação biológica que permite ao homem reter o sal necessário ao seu organismo, tornando-o indispensável a sua vida.

    O cloreto de sódio (sal comum) possui, uma imensa variedade de funções, que vão desde a condimentação das refeições até a conservação do peixe, da carne, das azeitonas, na preparação do queijo e das peles ou ainda servindo como supletivo na engorda do gado e como complemento na farmacopeia.

    O território angolano, por ser banhado pelo Oceano Atlântico, tem um grau de salinidade entre os 34 e 35 gramas. Na época colonial a documentação arqueológica evidencia que junto à costa angolana, as actividades da pesca e da salga de peixe eram muito intensas. Durante muitos séculos, a indústria extractiva de sal ocupou uma posição cimeira entre as actividades destinadas a activar quer o comércio interno, quer externo. Dinamizou de forma clara a vida de vários sectores populacionais em múltiplas regiões do litoral e de Angola.

    A indústria salineira em Angola degradou-se, após a independência devido a guerra, que se instalou no país, durante muitos anos, fez com que o país deixa-se de acompanhar activamente, as alterações de mercado, houve uma grande distância dos grandes caminhos do sal durante esse período difícil em que todos os angolanos sentiram na pele, mas jamais os caminhos do sal deixaram de se cruzar. Nesta altura Angola herdou a grave situação criada pela fuga maciça dos técnicos e gestores industriais, a destruição de todo o sistema existente de relações de abastecimento de matérias-primas e sobressalentes para manutenção dessa indústria. Para além dos inúmeros problemas de organização, de injustiça generalizada e de sabotagem. Com o aumento da falta de rentabilidade da indústria salineira, assistiu-se ao crescente abandono da actividade, e a consequente destruição das salinas. Assim, a salinicultura em Angola, se não obtiver apoios necessários, será extinta a curto prazo. Visto que actualmente, são poucas as salinas activas, contribuindo com a importação de sal para o consumo.

    A recuperação da indústria salineira é a meta a atingir, sendo a indústria o factor decisivo de desenvolvimento, económico-social de um país. Esta actividade dá origem a muitas outras, estimula impostos, receitas e técnicas mercantis e move manifestações de ordem social.

    A melhor forma de conservar as salinas é assegurar a actividade, sendo necessário estimular a actividade salineira, impedindo o seu abandono e adulteração, criando condições económicas e financeiras para o seu incremento, incentivando a formação de novos profissionais.

    As óptimas condições geográficas e climatéricas de Angola, propriamente na cidade do Namibe, onde se localizam as salinas em estudo (propriedade da empresa ANGO-SAL), e o uso de técnicas adequadas, para o desenvolvimento da salinicultura, podem fazer  Angola, voltar a ser uma potência à nível internacional da industria salineira, e fazendo do sal produzido um produto bastante solicitado. 


    IMPORTÂNCIA DO SAL

    O sal começou a ter uma importância vital desde muito cedo, contribuindo para o enriquecimento e progresso das nações que comercializavam. O sal é um produto muito importante, e pode ter diversos tipos de aplicações e usos, tais como:

    Ø  Doméstico

    Ø  Industrial

    Ø  Agrícola

    Ø  Usos diversos.

    A crescente necessidade e preocupação do homem, para manter alimentos em bom estado levou-o a perceber, que o uso de sal, era um dos métodos que permitiam conservar os alimentos e evitar a sua degradação. A aplicação do sal na indústria também é diversa: química, salga de peixe, conserveira, panificação, lacticínios, curtumes, plásticos, saboaria. Outras indústrias também o utilizam, mas em menor quantidade: tabacos, explosivos, cerâmica, gelo, tratamentos de águas, têxteis, etc.

    Indústria química transformadora

    Alguns dos produtos fabricados na indústria, que utilizam o sal como matéria-prima são o carbonato de sódio, a soda cáustica e o sulfato de sódio. O carbonato de sódio tem aplicação nas indústrias do vidro, de drogas, do sabão, do papel, de cerâmica, têxtil, metalúrgica, do petróleo, de curtumes, de corantes, etc. A soda cáustica tem aplicação no fabrico de sabões, de corantes, de papel, de drogas, de borracha e na indústria têxtil, metalúrgica e de refinação de petróleo. O sulfato de sódio aplica-se na indústria do vidro, em medicina e no fabrico de outros compostos de sódio.

    Indústria de salga de peixe

    A salga é o processo mais antigo de conservação do peixe, encontrando-se actualmente em decadência nos países com grandes disponibilidade de refrigeração. Em Angola, com a falta de energia eléctrica constante, e como maior parte da população que vive no interior não tem sistema de refrigeração, existe a necessidade de conservar o peixe recorrendo as salgas. O sal extrai a água do corpo dos peixes, impedindo que apodreça, a sua composição química tem influência na conservação.
      
    Indústria de conservas

    Os produtos geralmente utilizados em conserva são o peixe, a carne e os vegetais. O sal actua como agente de conservação e como condimento. Quanto ao peixe, a quantidade a empregar varia sensivelmente com o tipo de conserva. Em média, para a sardinha em molhos, aplica-se à razão e 130 gramas de conserva e, para o peixe em salmoura, cerca de 450 gramas por igual quantitativo.
    O consumo referente à conserva de carnes agrupam-se os produtos da indústria propriamente dita, a salga de suínos nas grandes casas de lavoura e em pequenas propriedades rurais para consumo próprio.
    Entre os produtos vegetais que se consomem em conserva pelo sal destaca-se a azeitona.

    Indústria da panificação

    O pão é constituído fundamentalmente pela farinha, pela água e pelo sal. A incorporação do sal ao pão, confere qualidades sem as quais se tornaria impróprio para o consumo, regula a fermentação que efectua na massa, melhorando as suas características plásticas e influi, durante a cozedura, na coloração da crosta.

    Indústria de lacticínios

    O queijo e a manteiga exigem sal marinho para a conservação. No queijo, o excesso de quantidade de sal pode dar origem a defeitos graves: queijo duro, queijo com fendas, queijo empolado, queijo chato e sem relevo, etc. Nalguns tipos de queijos dispensa-se mesmo o sal.

    A manteiga utiliza dois tipos de sal: meio-sal e com sal. Também neste lacticínio deve-se ter cuidado com o excesso de sal, para não lhe ocultar sabores e não adulterar a manteiga.

    Indústria de curtumes

    A salga ainda é um processo de conservação dos couros e das peles, para alguns países carentes de tecnologia avançada. O sal é salpicado a seco ou em salmoura. Nunca se deve utilizar sal que já tenha servido à conservação de outros produtos, designadamente do peixe. O emprego insuficiente de cloreto de sódio, em qualidade e quantidade, pode produzir defeitos que desvalorizam os couros e peles, ou mesmo ocasionarem o início da sua decomposição.

    Indústria de plásticos

    O cloreto de sódio é matéria-prima de primeira grandeza e insubstituível no fabrico de uma série de produtos plásticos de reconhecida importância.

    Indústria de sabões

    Na indústria de sabão o sal comporta-se como carga ou funciona como agente da relargagem. A carga destina-se a dar maior consistência ao produto e, por vezes, a aumentar-lhe o poder detergente. A relargagem consiste na separação da glicerina e das impurezas contidas nas matérias-primas do sabão propriamente dito. Os produtos relargados empregam-se geralmente no fabrico de sabonetes.

    Alimentação dos animais 

    Em Angola, não esta generalizada a inclusão do sal nas rações dos animais domésticos. É conhecida a avidez com que o gado lambe as paredes dos estábulos, roí a casca das árvores e a madeira, ingere terra e se lambe na ânsia de satisfazer uma verdadeira ausência de sal no organismo. O sal além de constituir um bom condimento, estimula a secreção dos sucos digestivos, aumentando a capacidade de trabalho e a resistência às doenças. 
    As quantidades de sal necessárias para as espécies pecuárias, segundo os especialistas, por dia são as seguintes:
    Porco…………………………….4 g
    Carneiro………………………….8 g
    Ovelha……………………………6 g
    Vaca leiteira……………………...60 g
    Cavalo……………………………20 g
    Através de revistas da especialidade colheram-se as seguintes curiosas informações:

    ♦As misturas de sal com antibióticos reduzem as perdas dos carneiros por mortalidade;

    ♦ O sal com iodo evita a papeira nos cães;

           ♦ O Departamento da Agricultura dos Estados Unidos da América do Norte
             recomenda o emprego de sal nas rações dos coelhos;

    ♦ As soluções de sal tornam a carne de vaca macia;

    ♦ Usa-se o sal para atrair as grandes peças de caça, serve de isco aos alces e aos veados das montanhas;

    ♦ O sal dado aos pintos evita que eles se comam uns aos outros;

    ♦ A salmoura mata o piolho dos frangos;

    ♦ O sal ajuda a aumentar o número de peixes existentes em lagos de herdades.

    O sal na agricultura 

    Em alguns países o sal é aplicado directamente como fertilizante, à maneira de adubo, nas terras de cultivo. Na cultura de beterraba açucareira, da cevada, do trigo, da aveia e do coqueiro os resultados revelaram aumento de produção e melhoria das qualidades organolépticas dos produtos. Nos estados Unidos da América do Norte utiliza-se o sal como teste para verificação da humidade do feno a ensilar e do trigo a ceifar.

    O organismo humano e o sal

    Para além de temperar a comida, o sal é um bem essencial ao nosso organismo. Está provado cientificamente, que o ser humano não pode viver sem sal, o cloreto de sódio é fundamental para a manutenção do metabolismo e para o sistema imunológico. A perda de minerais importantes ao funcionamento do organismo, devido ao nosso ritmo activo ao longo do dia, causa um grande desgaste físico. O sal é facilmente absorvido pelo organismo, pelo seu equilíbrio existente na água do mar relativa aos seres vivos, a seguir descrevemos alguns minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo humano.

    Os sais minerais

    A água do mar contém, em dissolução, uma certa quantidade de sais, cujas concentrações estão dependentes de vários factores, tais como solubilidade, presença ou ausência de outros sais, temperatura, pH, etc. Um dos sais mais abundantes é o cloreto de sódio, para além de existirem outros sais em dissolução na água, importantes e indispensáveis para um bom funcionamento do corpo humano.

    Sódio: Tem um papel importante em diversas funções do organismo, a começar pelo equilíbrio entre os fluidos celulares e extracelulares. Activa a transmissão de impulsos nervosos por todo o corpo, e permite o funcionamento do cérebro e o controlo das funções vitais do organismo.

    Cloro: Fundamental para uma boa saúde e para o processo digestivo. No estômago, ele é a base para o suco gástrico, que ajuda a digerir os alimentos. O cloro eleva a capacidade do sangue de levar gás carbónico das células para os pulmões.

    Potássio: Elemento metálico, semelhante ao sódio, no organismo a vida depende do correcto equilíbrio entre a alta concentração de potássio ao interior das células e a alta concentração de sódio nos líquidos intercelulares. Os impulsos nervosos são transmitidos por correntes eléctricas associadas a momentâneas trocas de sódio e potássio. Um pequeno excesso de ou défice de potássio perturba a acção do coração, e variações maiores são suficientes para o fazer parar. Quando há perdas de líquido do organismo; por exemplo nas diarreias e nas queimaduras, ou quando o equilíbrio entre os ingressos e as perdas de potássio é alterado por certas drogas, a taxa correcta de potássio pode necessitar de ser mantida artificialmente. A maior parte das frutas fornece um bom suprimento de potássio, mas algumas vezes os sais de potássio têm de ser dado como medicamento.

    Magnésio: Um adulto ingere em média cerca de 0,3 g de iões de magnésio por dia. O magnésio é importante nos líquidos orgânicos, sendo essencial no sistema nervoso.

    Cálcio: O cálcio é um elemento essencial na matéria viva. É componente maioritário dos ossos e dos dentes. O cálcio desempenha um papel vital na actividade cardíaca, coagulação sanguínea, na concentração muscular e na transmissão nervosa.   

    Iodo: é um mineral que uma quantidade pequena é necessário à saúde, por ser um componente da hormona tiróida. Em Angola, a alimentação e a água não fornecem as quantidades suficientes de iodo, sendo que os habitantes estão sujeitos a bócio – aumento da tiróide – apresentando uma tumefacção arredondada no pescoço. Se os alimentos forem ricos em iodo, a tumefacção diminui. 

     Os produtos

    Sal Marinho
    Em Angola e nos países subdesenvolvidos, existe uma deficiência de iodo nos alimentos e na água, provocando o bócio endémico nas regiões afastadas do litoral. Esta deficiência desenvolve uma disfunção na glândula tiróide.
    O sal marinho artesanal, rico em iodo natural, pode ter uma intervenção nutricional eficaz, reduzindo o risco de bócio endémico, tem efeitos bastante benéficos para o ser humano visto, que este sal contém não só cloreto de sódio (como usualmente se define em termos químicos) mas também oitenta minerais bastante importantes, os oligoelementos existentes na água do mar, tal como a isenção total de lodos e/ou insolúveis, tornado este sal um produto alimentar de excelência.

    Flor de Sal

    É um produto com muita procura no mercado «gourmet» internacional. Utilizado em alta cozinha para dar um paladar requintado aos pratos, é considerado pelos chefes de cozinha como o Rolls-Royce do sal. É um produto cada vez mais requisitado por hotéis de luxo e chefes de cozinha de todo o mundo. O sabor da nossa flor de sal, será obviamente preponderante, com um elevado grau de pureza.